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Lâmpadas flurescentes terão regras para descarte adequado

O governo está a prestes a fechar um acordo para o descarte de lâmpadas fluorescentes. Os fabricantes e comerciantes terão que destinar locais para os consumidores levarem lâmpadas fora de uso ou quebradas. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu, na última segunda-feira, dia 15, consulta pública para receber contribuições da sociedade sobre o tema. Esse tipo de lâmpada ganhou mercado na época do racionamento de energia em 2001. Consome menos energia e dura mais. O objetivo da medida é evitar a contaminação por metais pesados, principalmente, do meio ambiente, além do risco do vidro quebrado. O consumidor também será responsável por dar destino certo ao material.

- A ideia de recolher os resíduos é algo novo, tanto para o governo quanto para as empresas, que vão ter um custo adicional. As empresas relutam pelo aspecto financeiro porque, inicialmente, vão ter que pagar por isso, mas depois esse custo será diluído no valor do produto. O consumidor não assina o acordo, mas é peça importantíssima na responsabilidade compartilhada. Nós, consumidores, precisamos melhorar nossos procedimentos. Se não jogarmos os detritos no local correto, não adianta - diz a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, que espera que o acordo esteja assinado até novembro.

Para Edson Watanabe, professor de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, a regulamentação do descarte das lâmpadas fluorescentes é urgente:

- Precisamos que a regulação desse recolhimento seja feita rapidamente, senão, daqui a pouco, vão aparecer lixões de lâmpadas e teremos pessoas envenenadas com mercúrio - argumenta Watanabe, referindo-se ao risco de contaminação do solo e da água por mercúrio e a consequente intoxicação de seres humanos.

Segundo Isac Roizenblatt, diretor Técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), no entanto, não há perigo e muitas empresas já encaminham lâmpadas fluorescentes e de outros tipos para o descarte em recicladoras:

- Não existem riscos com lâmpadas íntegras e, se elas quebrarem, deve-se apenas deixar circular o ar no ambiente, por cerca de meia hora, e o mercúrio desaparecerá, não causando risco.

A contaminação por mercúrio pode causar problemas respiratórios e, em casos extremos, levar à morte. Mas o médico Luis Fernando Correia, especialista em Terapia Intensiva e chefe da Unidade de Emergência do Hospital Samaritano de Botafogo, ressalta que, no caso da quebra de um lâmpada, o maior risco à saúde é o de um corte profundo, que demore a cicatrizar, já que "as lâminas são muito finas"

O mercúrio contido numa única lâmpada, mesmo se aspirado, não é capaz de causar danos graves à saúde - afirma Correia.

Presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo, Mário Frota diz que o processo de substituição de lâmpadas incandescentes, que está sendo realizado no Brasil agora - a partir de junho de 2015 será proibida a venda de lâmpadas de 60W a 100W - começou em 2009 na União Europeia. Para Frota, os riscos das fluorescentes não devem ser minimizados e deveria ser incentivado o uso de lâmpadas sem mercúrio, como as de LED, que custam no Brasil, segundo a Abilux, de R$ 40 a R$ 160.

- Apesar de mais caras, duram mais e a economia de energia é maior. O acesso a essas tecnologias terá que contar com ajuda do poder público para parte das famílias - diz Frota, afirmando que, em Portugal, há pontos de coleta em larga escala.


META DE DESCARTE DE 20% EM CINCO ANOS

Ricardo Baitelo, coordenador de Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, diz que é necessário informar melhor o consumidor sobre riscos de contaminação quando a lâmpada quebra, cuidados quando isso acontece e forma correta de fazer o descarte. Apesar do risco, considera a troca das incandescentes pelas fluorescentes um avanço.

- É importante melhorar a eficiência energética. O Brasil não tem risco de racionamento, mas está longe de ter uma situação confortável. E isso se faz com a mudança de equipamentos, entre eles as lâmpadas. Mas é importante a mudança de hábitos.

Segundo Baitelo, estudos mostram que de cada R$ 4 da conta de luz, R$ 1 é de desperdício.

Rafael Meirelles, chefe da Divisão de Estudos e Equipamentos Eficientes da Eletrobras, informa que levantamentos mostram que a troca de todas as lâmpadas incandescentes do país teriam impacto anual de 5,5 bilhões kWh (quilowatt hora) na matriz energética brasileira. Esse valor corresponde a 4,5% do consumo residencial do país ao ano.

- A melhor energia é a economizada, porque sempre há impacto na geração e na distribuição dela. Uma lâmpada incandescente de 60W pode ser substituída por uma fluorescente compacta de 15W. E as lâmpadas com o selo Procel, mais econômicas, ainda têm garantia de um ano. Caso queimem ou apresentem problema, o lojista tem que substituí-la, desde que o consumidor tenha a nota.

Renata Amaral, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), lembra que o acordo que está prestes a entrar em vigor não prevê a coleta de todos os tipos de lâmpadas.

- As lâmpadas de LED e as halógenas não estão incluídas na obrigatoriedade de coleta, assim como as incandescentes. Vamos acompanhar para ver se a meta de 20% das fluorescentes destinadas a locais corretos, em cinco anos, será cumprida - diz.

Emiliano Graziano, gerente de Socioecoeficiência da Fundação Espaço ECO, diz que na hora de comprar lâmpada é preciso olhar mais do que o preço:

- A decisão deve considerar a durabilidade do produto e a luminosidade por watt consumido e por preço menor.
  Fonte: www.canalenergia.com.br
  Data de Publicação: 21/09/2014
 
 

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